terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tom!

Hoje, se estivesse vivo, Tom Jobim completaria 84 anos. Lembrada por acaso desse acotecimento pelo senhor Google, resolvi deixar aqui minha pequena homenagem para esse que foi não só um dos maiores nomes da Bossa Nova, mais também da música em todo o mundo!
A música postada é um trecho da belíssima composição de Vinicius de Moraes e Toquinho para o querido Tom.







Carta aoTom

Mesmo a tristeza da gente era mais bela
e além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza,
é preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Incompatibilidade - Oswaldo Montenegro

E bate louco, bate criminosamente
O coração mais do que a mente, bate o pé mais do que o corpo poderia
E se você mentalizasse na folia
Sabe lá se não seria a solução prá de manhã pensar melhor
E caso fosse a incompatibilidade entre o corpo e consciência
Iria desaparecer, você não vê
Como o corpo preparado pode ser iluminado
Como a luz de uma fogueira que precisa se manter
E atingido pela plena consciência
De que o corpo em decadência faz a tua consciência esmorecer
Pelos poros elimina-se o que o corpo não precisa
E não precisa pra pensar e abdicar esse prazer
Se você dançar a noite inteira não significa dar bobeira
De manhã se alienar ou esquecer
É a busca do supremo equilíbrio, num processo inteligente sua mente
clarear sem perceber
E a intelectualidade
Pode Dançar sem receio
Descanso é pra alimentar
E trabalhar sem anseio
Eu tô olhando pra ponta
Mas não esqueço do meio
Quem acha o corpo uma ofensa
Falo sem demagogia
Pode dançar essa noite
E amanhã pensar quem diria
Quem não entendeu eu lamento
Quero que entenda algum dia aaahhhhhh
E bate louco bate criminosamente...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Saudade

Que vem chegando devagar
E ocupa seu lugar
Sem pressa de ir embora,
Aumenta mais a cada hora.


As vezes faz doer, quase sem querer,
E traz um medo enorme do que pode acontecer,
A ausência é um sofrimento
Que machuca a todo momento.

Fériaas

Férias e início de ano: bom momento pra refletir e agir!

A distância faz perceber a falta que faz está longe das pessoas que gosto e de como simples gestos me fazem incrivelmente feliz(como um telefonema de uma amiga ou uma simples sms).
Passar o dia longe de preocupações, com o tempo milimetricamnte ocupado, torna o ócio delicioso. Ter tempo livre para uma boa leitura ou uma boa música, para ouvir os amigos, para dormir, se divertir…É sempre satisfatório.
O recomeço do ano me faz repensar em tudo que foi vivido no ano anterior e buscar corrigir erros ou simples falhas aleatórias.
Permanece o desejo de que 2011 seja um ano melhor, com muitas realizações e que os pedidos do Reveillon se concretizem… Sabemos que nada é perfeito e que virão momentos bons e ruins…mas a vida tá aí pra ser vivida! (resta saber aproveita-la).

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011


Tenho aproveitado os momentos livres das ferias para deleitar-me com a coleção de contos de Clarice Lispector: "Clarice na cabeceira".
O livro possui comentários de personalidades sobre os contos (infelizmente, nem sempre tão bons) que ajudam na preparação para a leitura do conto.
Lendo encantada um de seus contos, me descobri em um certo trecho de Perdoando Deus. Lembrei-me de Mário Quintana que citou: "Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!"
E eu me senti lida naquele trecho de Clarice. Com certeza se você me perguntasse sobre mim, não conseguiria me expressar com tanta clareza sobre quem sou. Mas Clarice quando escreve personifica todas as mulheres, utilizando de toda sua sensibilidade e beleza.
Eis aí o trecho do conto:


"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva[...]"

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011





-Quem são seus amigos mais fiéis?
(Edith Piaf) - meus verdadeiros amigos são, todos eles, fiéis!