quarta-feira, 27 de abril de 2011

epifanias de amor

Ele estava sentado à minha frente com um sorriso nervoso no rosto, me olhava interrogativamente...

Eu pensava: é ele, só pode ser ele, é agora e é ele... Mas era ele quem eu queria?

Era ele quem faria parte da minha vida a partir de agora, quem me ligaria antes de dormir e quem pensaria em mim com um sorriso no rosto. Era pra ele que eu ligaria quando estivesse triste e contaria repetidas historias sobre mim?

Ele que eu estava esperando numa tarde cinzenta de chuva, num sábado à noite em casa, assistindo DVD e comendo pipoca?

E aquele sorriso, aquele sorriso, aquele sorriso...

Mas e a minha vontade de fazer um mochilão pelo mundo, de correr perigos sozinha, de viver novos encontros, do frio na barriga esperando o telefone tocar...

E aquele sorriso interrogativo? Esse que se tornaria frases interrogativas, brigas, confusão, ciúmes, lágrimas e adeus. Que de repente, não mais de repente, seria saudade e a vontade de estar perto novamente. Que esqueceria os momentos ruins e num abraço reacenderia todo o desejo!

E o meu medo? O meu medo de encarar situações novas, família... logo agora que eu já tinha me acostumado com a minha solidão!

Mas aquele sorriso me oferecia tanto e me cobrava uma decisão, enquanto eu pensava, pensava, pensava... E o silencio daqueles minutos quebrantava aquele sorriso, sorriso agora ansioso, reticente... E aqueles olhos já me diziam tudo o que eu queria ouvir!

Uma conclusão, seria apenas uma conclusão...

No fundo era uma só coisa que eu queria: amor!

Ei, você aí com esse sorriso nervoso no rosto e olhar interrogativo você tem amor suficiente para me dá? Para me abraçar quando eu sentir frio, pra me por no colo quando eu quiser chorar, pra seguras minhas mãos, pra me beijar, pra me tolerar?


-sim?
-sim!!!


(Sheysiane G.)

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