quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Seu beijo tem cor de pomar

Seu beijo tem cor de pomar
Amarelo, vermelho, verde, azul
Laranjas, maçãs, abacaxis, uvas
Cores, cheiros e sons
Brincando na minha boca

Estalos de cereja
Lábios de mamão
mordidas de ameixa...


Um pomar na minha boca
Doçura no meu coração

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

VERMELHAS

As suas unhas vermelhas tem a cor da minha infância
Lembro-me delas chegando em casa trazendo de volta a normalidade


Suas ordens, sua altivez, sua dureza, sua roupa e sua boca
Sempre vermelhas


Cansada da rotina e batalha cotidiana
Sorrindo para enfrentar a vida, revestida pelas unhas vermelhas

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Todas as cartas de amor são rídiculas - Álvaro de Campos


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011




"Garota, coloque seu som para tocar
Me diga sua musica favorita
Vá em frente, solte seu cabelos
Safira e jeans desbotado
Espero que alcance seus sonhos
Apenas vá em frente, solte seus cabelos
Você se encontrará em algum lugar, de alguma maneira"

segunda-feira, 15 de agosto de 2011


Me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança que um dia morrendo de medo Nos teus braços você fez segredo nos teus passos você foi mais eu...


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Veronica H.

não conheço muito da autora ainda, mas o texto é lindo! Aliás, o blog dela é cheio de textos com muita emoção e intensidade. Eu me identifico bastante com esse:


Atalho. 


Não me completo porque eu quero que seja meu o que já pertence aos outros e porque todos já pertencem, de alguma forma. Ninguém mais é virgem de alma. Carregam por aí paixões mal resolvidas, soluções mal apaixonadas, são metades vazias que não podem completar vida nenhuma.


Às vezes sinto que sou espécie de atalho: ajudo no caminho sem nunca ser o ponto de chegada. Não sou destino, apenas distração. É a mim que recorrem os interessados em outras. Usam-me para teste, fazem-me de ensaio, levam minha proteção e cospem minha carne mastigada quando já não lhes serve mais. Devolvem um coração pisoteado que depois só pensa em se fechar de vez para qualquer sentimento do mundo.


Eu ensino amor. Permita-se, eu digo, seja livre dos conceitos alheios e encha o peito de verdades, sinta. E quando finalmente compreendem o que estou dizendo, compartilham isso com outra pessoa. Entregam meu amor, o amor que eu criei, para alguém mais simples e de riso fácil, que não se sente só no meio dos outros. Tudo bem, eu entendo. Porque é chato ficar perto de quem nunca se satisfaz. É cansativo lidar com tanta melancolia. Mas tem mais que isso dentro de mim. Tem um cansaço que só quer um colo pra se desfazer. É isso, minha cura é um abraço. Dois braços, um coração, e o que mais vier junto.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Uma visitinha


Você aparece em meus sonhos e me traz a felicidade da sua visita e o desespero da sua ausência. Te mando noticias do mundo daqui, de como estamos passando sem você: -Olha,quando as pessoas me perguntam eu sempre digo que estamos bem, abro um sorriso amarelo e finjo que ainda há alegria nos meus dias, mas eu não vou, eu não poso mentir pra você, nós estamos tristes, saudosas, inquietas, inseguras, tentando nos aproximar, nos conter, nos segurar pra não cair...”
Você não me diz nada, simplesmente some. Mas seu sorriso não é mais o mesmo, sua voz não está alegre ao falar comigo, você não sorri pra mim, não diz que me ama... O que há? Eu tenho caminhado errado sem seu apoio. Não consigo viver sem seus conselhos e sua sabedoria, eu estou seguindo a rota contrária e nem sei como mudar a direção.
Mas e você? Me fala um pouco de você? Não vá ainda, assim, não me deixe sem noticias de você... Pelo menos aparece nos meus sonhos de vez em quando, pelo menos diga que me ama e me ajuda a superar essa falta de você. Eu sei que você não pode ficar, mas você me prometeu que nunca iria embora pra sempre...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

poeminha experimental


RE invento
                    No  v e n t o

                           e
                                 o
                                              que era medo
                                                                  agora é
                                              
                                                                         DESEJO




P
   A
      S
         S
           OOOOOOOOOO
                                       U
É mais um...
V
E
N
T
O     
    V
        E
              N
                 T
                     A
                       N
                           I                    
                              A
                              V
                       E
                 N
             D
       A
V
A
L
   De a m o o o o r....         
   "A única maneira de nos livrarmos da tentação é ceder-lhe".

Oscar Wilde

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Eu me sinto invadida por você.
Pelos seus olhos na minha carne, pela sua boca que me descobre, pela sua presença ao meu lado.

Eu morro de medo de suas descobertas.
De que você me veja de perto, que me beije de surpresa, que me roube pra você só por capricho, por desejo, por vontade...

Não chegue tão perto.
Não descubra minhas fraquezas, não me queira frágil caída em seus braços, não aceite minha insensatez, minha teimosia em procurar você, minhas caricias incessantes.

Respeite minha solidão!
Quero te-lo em minha cabeça mas deixe livre meu coração.
A sua mão na minha
Era como se você tomasse posse de mim
E declarasse, e gritasse ao mundo que sou sua

Quando você procurava as minhas mãos
Eu enrubescia de medo, de agonia

As sua mãos nas minhas
Me trazem conforto e a segurança de são minhas:
Suas mãos, sua pele, sua vida...

E agora são minhas mãos que procuram as suas
Com a segurança de encontra-las
Sempre minhas

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Michel Melamed - Rascunho

Matéria frágil é o amor, amor. Por exemplo: uma bomba nuclear e ele já era. Por isso todo casal deveria antes, durante e depois de tudo ser amigo. Só a amizade e as baratas sobreviverão ao fim do mundo do amor.

Outra: encantamento é a coisa mais importante do mundo (petróleo nada, os carros são movidos a encantamento). É claro que acho a criatividade a coisa mais importante do mundo, mas vida deveria ser um pedaço de criatividade cercado de encantamento por todos os lados. Quero dizer, criatividade é a chama, conquanto encantamento é o fósforo, a caixinha, o sambista… e o paiol.

Michelangelo sabia das coisas, vide “A Criação do Homem”. Assim, todo teto é potencialmente uma Capela Sistina. Em suma, encantamento é algo frágil. Encantamento é um bichinho de pelúcia que fala, anda e sente e pensa. É uma pessoa de pelúcia. É a pessoa mais linda do mundo de pelúcia. A pessoa mais linda do mundo nua e de polainas de pelúcia. E te amando. Encantamento é tesão lírico – ou tesão e lirisimo. Mas é frágil como qualquer coisa que morre. Cuide do seu encantamento sob risco de virar cimento – ou rima vã. Aliteração – ou renavam. Enfim, figura de linguagem, retórica, balela, baleia… Pois a sombra do encantamento é pesada e esperneia. Esmaga sem maldade, mas esmaga, atropela, pisa. Tem gente que a gente vê no olhar a sombra do encantamento repisando.

Lembrei dos Paralamas: “Cuide bem do seu amor”. Ao contrário dos filmes e do desejo popular, se tiver de ser será, etc, o amor é o eterno pique até a porta do elevador fechando. Quer dizer, torça para que tenha alguém lá dentro, que te ouça gritar “segura, por favor!”, e, fundamentalmente, corra na direção dele(a).

Porque amor é vida na plenitude, assim, caminha para a morte, seu mar é o fim. Delicado jogo esse, sobre o arame sobre o abismo sobre o poema sobre a página sob os olhos. Em que aquilo é tudo na vida e ainda se tem a vida inteira – não no sentido de tempo, mas espaço. Por isso o casamento é meia pedra no caminho andado para o andor de barro da dor do fim do amor.

Há que se ter destreza para equilibrar tantos contorcionistas chineses, bigornas de cristal, tratores de papel, jumbos de mel… O amor é tão sinistro que te faz viver por contraste, oximoro velhaco – vide o texto.

O amor é o eixo da desmáquina. O amor é molhar a mão. O amor é qualquer coisa que qualquer um escreva, enfim. E esse é o perigo. E ainda bem. E ainda mal. E aí dá. Mas quem sou eu para falar de Roma?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

“Aonde está a força de negar um desejo se enquanto ele não é saciado continua existindo?[...]
Esse é o maior problema dos desejos, eles não aceitam não como resposta. Você só coloca um ponto final nele se for até o fim."

Tati Bernardi

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Não tente me segurar
Não ouse me prender

Hoje eu quero o prazer
das coisas fugidias


Tem dias que eu prefiro o perigo!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Marcelo Jeneci










Marcelo Jeneci é uma das minhas novas paixões musicais!!! Sua música surpreende e agrada aos ouvidos, reinventando a linguagem com letras que parecem pequenas histórias e um ritmo envolvente e dançante. Acompanhado de sua sanfona e da cantora Laura Lavieri, Marcelo acrescenta seu bom tom e inovação a cena musical brasileira.
Você com certeza já ouviu uma composição sua: o hit Amado interpretado pela cantora Vanessa da Mata. Percebeu que vale a pena conhecer outras canções dele né?!



No site - Marcelo Jeneci. Feito pra acabar – você encontra fotos, vídeos, agenda e músicas do cd.





Não dá pra deixar de ouvir:


Felicidade

Pra Sonhar

Feito pra Acabar

Composições lindas! A primeira pra levantar o astral, dá uma energia boa; a segunda apaixonante e pefeita para apaixonados e a ultima de tom mais melancólico, pra fazer refletir.

terça-feira, 10 de maio de 2011

500 dias com ela





Uma comédia romântica que não é uma história de amor com final feliz!

O filme conta a história de Tom, lindo e fofo, que se apaixona por Summer e durante 500 dias vive momentos que oscilam entre intensa felicidade e súbita melancolia ao lado de sua amada.
Com uma fotografia bem bacana, uma trilha sonora sensacional e um roteiro original a história diverte ao mesmo tempo que repassa alguns ensinamentos sobre relacionamentos, paixão, coincidências, destino...
Eu já vi várias vezes, adorooo e recomendo!!!!

quarta-feira, 4 de maio de 2011





"Antes de abrir a porta do coração novamente, melhor limpar a bagunça que ficou da última vez."



Clarice Lispector

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Eu nunca vou entender - Tati Bernardi




"Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais."

quarta-feira, 27 de abril de 2011

epifanias de amor

Ele estava sentado à minha frente com um sorriso nervoso no rosto, me olhava interrogativamente...

Eu pensava: é ele, só pode ser ele, é agora e é ele... Mas era ele quem eu queria?

Era ele quem faria parte da minha vida a partir de agora, quem me ligaria antes de dormir e quem pensaria em mim com um sorriso no rosto. Era pra ele que eu ligaria quando estivesse triste e contaria repetidas historias sobre mim?

Ele que eu estava esperando numa tarde cinzenta de chuva, num sábado à noite em casa, assistindo DVD e comendo pipoca?

E aquele sorriso, aquele sorriso, aquele sorriso...

Mas e a minha vontade de fazer um mochilão pelo mundo, de correr perigos sozinha, de viver novos encontros, do frio na barriga esperando o telefone tocar...

E aquele sorriso interrogativo? Esse que se tornaria frases interrogativas, brigas, confusão, ciúmes, lágrimas e adeus. Que de repente, não mais de repente, seria saudade e a vontade de estar perto novamente. Que esqueceria os momentos ruins e num abraço reacenderia todo o desejo!

E o meu medo? O meu medo de encarar situações novas, família... logo agora que eu já tinha me acostumado com a minha solidão!

Mas aquele sorriso me oferecia tanto e me cobrava uma decisão, enquanto eu pensava, pensava, pensava... E o silencio daqueles minutos quebrantava aquele sorriso, sorriso agora ansioso, reticente... E aqueles olhos já me diziam tudo o que eu queria ouvir!

Uma conclusão, seria apenas uma conclusão...

No fundo era uma só coisa que eu queria: amor!

Ei, você aí com esse sorriso nervoso no rosto e olhar interrogativo você tem amor suficiente para me dá? Para me abraçar quando eu sentir frio, pra me por no colo quando eu quiser chorar, pra seguras minhas mãos, pra me beijar, pra me tolerar?


-sim?
-sim!!!


(Sheysiane G.)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ai. Saudade é uma coisa azul e amarga com carne por fora e espinho por dentro... Me mande mentalmente coisas boas. Estou tendo uns dias difíceis- mas nada, nada grave.



Caio F.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

taciturno desejo

Quero de novo a alegria brincando,
Rodopiando...
De mãos dadas numa ciranda de gargalhadas

Quero os cabelos ao vento
Sem medo, sem tempo...
As mensagens de um futuro bom

Quero o abraço apertado,
Sem espaço!
A pulsação de cada instante de sentimento
.
.
.

Quero esquecer as queimaduras desse verão
E que esse outono renove a esperança
Como as folhas que caem ao chão

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ana Jácomo - A fala genuína

São os olhos, exatamente os olhos, que eu mais ouço. A vida tem me ensinado, ao longo da jornada, que as palavras muitas vezes mentem. Os olhos, geralmente, não desmentem o que diz o coração.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Me explica - Pato Fu

Essa música é de autoria de Fernanda Takai e Jonh. A letra foi feita para o pai de Fernanda que tinha vindo a falecer...
(são exatamente esses questionamentos que eu me faço agora)

____x____

Me explica
Havia você e o céu
Havia você e o mar
E já não há
Me explica
Me diz onde vim parar
Pois quem sempre esteve aqui
Já não está
Querem saber
Como é estar aqui
Lembrar e esquecer
Como sobrevivi
Querem saber
Se já me sinto bem
Eu digo: melhor
Pra sempre tão só
Mal posso imaginar
Que não há mais ninguém
Que vá ficar em seu lugar
Me diz qual a razão
Pra eu não ir também
Me diga já
Onde ele está

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cazuza

Uma pequena homenagem ao artista Cazuza no dia de seu aniversário. Se ainda estivesse vivo, apagaria hoje 53 velinhas! O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi.

Cazuza

Uma interessante metáfora...


"A linguagem é igual a puta orgulhosa: se empresta a todos, mas só se dá a quem a ama"




Prof.Lourival Holanda

(frase dita numa aula de Literatura Brasileira IV, causando afã de todos alunos presentes)

domingo, 3 de abril de 2011

Livros cadernos pastas agendas

Canetas borrachas

Provas trabalhos seminários

Artigos resenhas

Cansaço fadiga sono estresse fome

Sono ônibus lotado correria sono...



A rotina acadêmica de mais um simples estudante!

sábado, 2 de abril de 2011

Mais Um Lamento - Céu


"Que é só mais um lamento entre tantos já feitos

Quisera desse jeito lembrar de outros tempos

Só pra matar um pouco a saudade mesmo assim querendo que você não ouça

Meu grito aqui de longe minha dor, meu lamento "







terça-feira, 29 de março de 2011

Uma última carta...

Já se passaram alguns dias sem você e tudo ainda dói muito. Sinto falta de cada detalhe seu... Da sua risada alegre, da sua voz, do seu cheiro... É insurpotável saber que você não vai chegar em casa, que não vai me encher de tanto repetir que me ama, que não vai me defender quando eu precisar, que nunca mais eu vou ser amada como você me amou. Aliás, como você amou! Se eu fosse usar uma palavra pra te definir seria “amor”. Porque você amava tanto. Amava a vida, as pessoas à sua volta, a sua família e a gente. Ah, como o senhor amava a gente. Acho que nós fomos premiadas com o melhor do seu amor. Éramos as mulheres da sua vida (como o senhor sempre dizia): Shirley, Sheyse, Keka, Lika (e Antonia).

como poderei viver sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?”. Sem a tua presença em casa, sem o teu barulho ao chegar, o seu jeito estranho de comer e tomar água, a tua super proteção e a tua risada estonteante. Já não adianta mais brigar com Deus, procurar respostas, revoltar-se com a vida. Estamos tentando juntar nossos cacos e nos recompor. Não, não estamos bem e na ficaremos bem durante muito tempo, mas estamos tentando. Eu sei que ainda haverá momentos de muita dor e saudade... Eu ainda não sei como vou passar meu primeiro Dia dos Pais sem você, meu próximo aniversário, as manhãs de domingo... Como será minha formatura sem você pra entrar de braços dados comigo se era esse um momento que a gente esperava tanto? Como será quando eu tiver meu primeiro filho sem você pra jogar bola com ele?

Eu ainda queria te dizer tanta coisa pai... Dizer que te amo infinitamente, que adorava o seu jeito de me olhar com orgulho, suas brincadeiras e suas frases sem sentido. Queria te dizer que eu nunca entendi nada de futebol nem de fórmula 1 e se eu ficava sentada ao teu lado assistindo tv era só pelo prazer da tua companhia e porque eu queria chegar perto de ser o filho homem que você tanto desejou.

Eu queria te agradecer ao amor que você me dedicou. A todas as vezes que você me deixou chorar no seu colo ou que você me pediu desculpas mesmo sabendo que eu estava errada. A todas as vezes que você me bateu para me resgatar, a todas as coisas bonitas que você me disse... As minhas amigas morriam de inveja porque você era o melhor pai do mundo e você até fez uma música pra mim (que eu fingia morrer de vergonha, mas que me deixava toda envaidecida).

Eu lembro que em uma de nossas últimas conversas você me disse: “Sheyse como você parece comigo...”. E eu só tenho que agradecer a Deus por isso... Por ter absorvido o melhor de você. O seu amor imenso, a sua sede de vida, a sua força, sua sensatez e até os seus defeitos. Desde que o senhor partiu que os versos de Naquela Mesa não me saem da cabeça porque o senhor sempre ouvia essa música com lágrimas nos olhos lembrando-se do seu pai e agora é a sua saudade que está doendo em mim. Esses versos falam muito mais do que eu consigo falar: E nos seus olhos era tanto brilho/Que mais que seu filho eu fiquei seu fã/Eu não sabia que doía tanto uma mesa num canto, uma casa e um jardim/Se eu soubesse o quanto dói a vida essa dor tão doída, não doía assim [...]Naquela mesa ta faltando ele e a saudade dele ta doendo em mim.

Hoje o dia está chorando. Talvez por ser hoje um dos dias mais difíceis dessa etapa sem você e nossas lágrimas já não são suficientes para expressar sua falta.

Eu sei que pra sempre eu vou sentir sua falta, todos os dias, todos os detalhes... porque você me deu tudo de melhor e me ensinou as melhores coisas. E quando essa dor doer bem forte...eu vou imaginar que você está sorrindo e dizendo que ama!

(24/03/2011)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Fabricio Carpinejar - Medo de se apaixonar


Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Tati Bernadi


Tati Bernardi é uma jovem escritora que fala de amor com a doçura e ilusão de uma adolescente.

Confesso que até já tinha ouvido falar da escritora, mas nunca me interessei muito (seria, talvez, certo preconceito com os escritores “modernos”). Mas li coisas dela que me instigaram a descobrir um pouco mais da escritora e encontro-me “deliciada” com suas palavras.

O site de Tati é muito legal, bem bolado e lá você tem acesso ao material da escritora podendo ler varias crônicas suas no link “arquivos”
Acho que vale a pena conferir!

E se rolar um preconceito (tipo o meu)... Desencana!

Provavelmente postarei coisas dela aqui no blog futuramente e já de cara fica a dica!


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Caio Fernando Abreu


No dia 25 de fevereiro de 1996 morria o escritor Caio Fernando Abreu. Esse poeta que até hoje encanta e emociona a tantos com suas angustias e questionamentos sobre a vida e sua beleza e doçura com as palavras “deixava a vida pra entrar pra historia”. Ou melhor, para a Literatura!

Em sua homenagem o Jornal do Comercio publicou no Caderno C uma critica de Schneider Carpeggiani, muito bem construída e bem interessante pra quem deseja conhecer um pouco mais do universo do poeta. Vale à pena dá uma conferida!


Em sua homenagem eu deixo um trechinho de algo que pra mim representa bem esse Caio: confuso, angustiado, intenso e com uma sede enorme de vida!






"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante. As vezes que tentei morrer foi por não poder suportar a maravilha de estar vivo e de ter escolhido ser eu mesmo e fazer aquilo que eu gosto - mesmo que muitos não compreendam ou não aceitem."

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

21 pedidos para 21 aninhos!

1. Realização profissional
2. Sucesso
3. Amor
4. Amigos
5. Família unida
6. Alegrias
7. Saúde
8. Paciência
9. Dinheiro no bolso
10. Afeto
11. PIBIC com o professor Anco (yn)
12. Gargalhadas mil com as amigas
13. Alguns quilos a menos
14. Conversas aleatórias embaixo da árvore do CAC
15. Rio Doce/ CDU vazio
16. Surpresas agradáveis
17. Relacionamentos estáveis
18. Aproveitar os momentos de ócio
19. Amadurecer
20. Crescer
21. Ser!

"Eu quero estar cercada só de quem me interessa!" ♪

“Eu ESTOU cercada só de quem me interessa!”

E isso me deixa imensamente feliz! Acho que felicidade é a palavra que me define ultimamente! E eu não tenho medo desse êxtase de felicidade...
Se a felicidade é apenas um estado de espírito efêmero, estou tentando agarrar esse momento pra mim e fazê-lo eterno! Saboreando lentamente cada gota de felicidade!

Que seja bem vindo todo prazer que a vida me traga!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Relacionamento(s)!

É bastante complicado as diversas formas de se viver e definir um relacionamento nos dias de hoje. De um modo geral, há sempre alguém que dá mais que recebe; alguém que só quer curtir e o estranho medo de se APAIXONAR!
PAIXÃO! Palavra perigosa no século XXI. Pois num momento em que a maioria dos relacionamentos não passam da segunda ficada, que as pessoas morrem de medo de se envolver, que o sexo acontece no primeiro encontro e que ligar no dia seguinte é regra: não pode! Apaixonar-se é detectado como sintoma de total insanidade mental.
Se aos 14/15 anos vivíamos a intensidade desse sentimento e nos apaixonávamos pelo primeiro estranho que passava à nossa frente e dias após decretávamos que era esse estranho o nosso príncipe encantado que nos salvaria da chatice dos pais, das novelas da Globo e das primas invejosas! Hoje qualquer sentimento no principio de uma relação deve ser abominado.
As relações tem se tornado cada dia mais frágeis e de perto assustam! Até nossos amigos “comprometidos” são dignos de pena. Porque eles passam o final de semana com a mesma pessoa, andam de mãos dadas pelas ruas e podem dizer ou ouvir: “eu te amo”.

Onde estamos errando? Ou onde erramos no passado para transferimos pro presente esse estranho sentimento?

Na minha opinião, com as frustrações que vamos tendo ao longo da vida, nos revestimos de uma proteção “anti-amorosa”. E em certo momento estamos tão protegidos que ficamos tal qual carro blindado. A partir da mínima demonstração de sentimento, deixamos tudo de lado, abandonando o barco sem nem saber aonde ele irá chegar. Pior que isso, tem sempre alguém dentro do barco disposto a remar com você.
Minha proposta? Vamos abandonar nossos medos e frustrações e tentar algo novo. Tentar, aventurar, jogar-se, mergulhar! Se envolver, gostar, cuidar! Dar afeto, receber carinho... Namorar!


E quem sabe aonde chegará uma ficada de show, uns beijos forçados, uma cantada ruim, um empurrãozinho dos amigos, uma paixão platônica...


Como diria Vinicius de Moraes: “vai, vai, vai... AMAR!!!”

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Impontualidade do Amor - Martha Medeiros

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza.
Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Lola - Chico Buarque


Sabia
Gosto de você chegar assim
Arrancando páginas dentro de mim
Desde o primeiro dia
[...]

Sabia
Que ia acontecer você, um dia
E claro que já não me valeria nada
Tudo o que eu sabia

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Luis Fernando Veríssimo - Big Brother Brasil


(Recebi esse email recentemente e eu, que era uma telespectadora casual do BBB, não pude deixar de me incomodar com o texto de Veríssimo. Infelizmente o Big Brother é o "programa da familia brasileira" que por falta de opções, ou cultura mesmo, se entrega a esse tipo de programação. Bom...eu aproveitei o "conselho" de Veríssimo e aproveitei meu tempo livre para visitar os amigos, ler e dormir - algo interessantísimo pra mim.)

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ajudar os irmãos atingidos pelas enchentes na região serrana do Rio? ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.







Sentidos

Abro bem os olhos para não perder nenhum detalhe
Observo em êxtase cada sensação ao meu redor
Enxergo cada coisa em seu devido lugar
Acalmo- me com a serenidade do cair da tarde.

Os cheiros anunciam o que virão
A roupa limpa e o café no fogo torna o dia mais gostoso
Num pequeno sopro, perco o fôlego
Expiro no papel as palavras que me inspiram

Cada sabor ativa minhas sensações
Mas o gosto de tudo isso não se traduz
Mastigando lentamente cada momento
Satisfaço- me de prazer imenso

Ouvindo uma boa música
Me elevo em pensamentos
Cada barulhinho me traz uma lembrança
Ouço a previsão de que coisas boas logo surgirão

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Selinho de Qualidade!

Fiquei felicíssima com meu primeiro selinho! Indicado por uma amiga que tem um blog super bacana e que, desde já, eu indico a todos. http://naosouumplaneta.blogspot.com/







Entre algumas regras do recebimento do selinho, propõe-se a resposta de um pequeno questionário e a indicação de 15 blogs. Fugindo um pouco a regra, eu indicarei apenas 5 mas, que são blogs do qual eu participo ativamente e considero muito interessantes.

Nome: Sheysiane Taynan Gomes
Uma musica: Sentimental - Los Hermanos
Humor: váriavel
Uma estação: verão
Como prefere viajar: de carro.
Um seriado: não assisto muito seriados, mas gostava bastante de dawson's creek.
Frases ou palavras mais ditas por você:
->palavra: coerência.
-> frase: to com fome!
O que achou do selo: uma idéia legal, e muito fofa, para estimular os blogs.






http://peripeciasmomentaneas.blogspot.com/ Aline Machado (poesias, letras de músicas, pensamentos, entre outras coisas... Um blog lindo e muito bem cuidado)

http://bempalavriado.blogspot.com/ Jane Bem (belas poesias de autoria da blogeira que falam sobre amor, amizade, cotidiano, etc.)

http://julyannebulhoes.blogspot.com/ Juliane Bulhões (poemas rápidos, modernos, bem estruturado e ritmado)


http://virguladeapoio.blogspot.com/ Malu e Sheyse (um apoio acadêmico para alunos do curso de Letras. Blog que eu também assino.)

http://literaturadequinta.blogspot.com/ Rossano Coutelo e Cícero Augusto (ótimas poesias de dois estudantes de História.)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Acaso ou Destino?

E se por acaso você chegar
Aos poucos tomando conta do lugar
Sem perceber ou esperar
O amor pode surpreender e entrar sem bater

E se você estiver escrito no meu destino
Como saber se é por você que eu espero
Com os caminhos traçado
O encontro com o amor será inevitável


E se por acaso você está no meu destino
Ou se meu destino surgir por acaso
Se acaso eu não confiar no destino
E por destino correr atrás do acaso?

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tom!

Hoje, se estivesse vivo, Tom Jobim completaria 84 anos. Lembrada por acaso desse acotecimento pelo senhor Google, resolvi deixar aqui minha pequena homenagem para esse que foi não só um dos maiores nomes da Bossa Nova, mais também da música em todo o mundo!
A música postada é um trecho da belíssima composição de Vinicius de Moraes e Toquinho para o querido Tom.







Carta aoTom

Mesmo a tristeza da gente era mais bela
e além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza,
é preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Incompatibilidade - Oswaldo Montenegro

E bate louco, bate criminosamente
O coração mais do que a mente, bate o pé mais do que o corpo poderia
E se você mentalizasse na folia
Sabe lá se não seria a solução prá de manhã pensar melhor
E caso fosse a incompatibilidade entre o corpo e consciência
Iria desaparecer, você não vê
Como o corpo preparado pode ser iluminado
Como a luz de uma fogueira que precisa se manter
E atingido pela plena consciência
De que o corpo em decadência faz a tua consciência esmorecer
Pelos poros elimina-se o que o corpo não precisa
E não precisa pra pensar e abdicar esse prazer
Se você dançar a noite inteira não significa dar bobeira
De manhã se alienar ou esquecer
É a busca do supremo equilíbrio, num processo inteligente sua mente
clarear sem perceber
E a intelectualidade
Pode Dançar sem receio
Descanso é pra alimentar
E trabalhar sem anseio
Eu tô olhando pra ponta
Mas não esqueço do meio
Quem acha o corpo uma ofensa
Falo sem demagogia
Pode dançar essa noite
E amanhã pensar quem diria
Quem não entendeu eu lamento
Quero que entenda algum dia aaahhhhhh
E bate louco bate criminosamente...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Saudade

Que vem chegando devagar
E ocupa seu lugar
Sem pressa de ir embora,
Aumenta mais a cada hora.


As vezes faz doer, quase sem querer,
E traz um medo enorme do que pode acontecer,
A ausência é um sofrimento
Que machuca a todo momento.

Fériaas

Férias e início de ano: bom momento pra refletir e agir!

A distância faz perceber a falta que faz está longe das pessoas que gosto e de como simples gestos me fazem incrivelmente feliz(como um telefonema de uma amiga ou uma simples sms).
Passar o dia longe de preocupações, com o tempo milimetricamnte ocupado, torna o ócio delicioso. Ter tempo livre para uma boa leitura ou uma boa música, para ouvir os amigos, para dormir, se divertir…É sempre satisfatório.
O recomeço do ano me faz repensar em tudo que foi vivido no ano anterior e buscar corrigir erros ou simples falhas aleatórias.
Permanece o desejo de que 2011 seja um ano melhor, com muitas realizações e que os pedidos do Reveillon se concretizem… Sabemos que nada é perfeito e que virão momentos bons e ruins…mas a vida tá aí pra ser vivida! (resta saber aproveita-la).

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011


Tenho aproveitado os momentos livres das ferias para deleitar-me com a coleção de contos de Clarice Lispector: "Clarice na cabeceira".
O livro possui comentários de personalidades sobre os contos (infelizmente, nem sempre tão bons) que ajudam na preparação para a leitura do conto.
Lendo encantada um de seus contos, me descobri em um certo trecho de Perdoando Deus. Lembrei-me de Mário Quintana que citou: "Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!"
E eu me senti lida naquele trecho de Clarice. Com certeza se você me perguntasse sobre mim, não conseguiria me expressar com tanta clareza sobre quem sou. Mas Clarice quando escreve personifica todas as mulheres, utilizando de toda sua sensibilidade e beleza.
Eis aí o trecho do conto:


"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva[...]"

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011





-Quem são seus amigos mais fiéis?
(Edith Piaf) - meus verdadeiros amigos são, todos eles, fiéis!