sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Receita de Ano Novo! - Carlos Drummond


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

E que venha 2011!


E traga as alegrias das tardes de verão
A esperança equilibrista de um recomeço

O sabor insaciável do perigo
O encanto de uma nova paixão

As sextas feiras com sabor de cerveja
Os finais de semana cheios de aventura

As risadas com os amigos
As saidinhas sem destino
As conversas com poesia

A família reunida
As brigas transformadas em alegrias
Os diálogos na mesa e a casa sempre cheia

Que seja doce como sorvete de chocolate
Apaixonante como uma música de Chico Buarque
Inesquecível como o primeiro beijo na boca
E contagiante como o sorriso de uma criança!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

p/ vovó Lucia!

Mulher guerreira
De peito forte, coração blindado
Pura brasileira

Mulher porreta
De onde vem tanta força?
Nessa mãe que é também criança

Mulher gigante
Não teme a solidão, luta diariamente
Com ânimo contagiante

Mulher de fé
Na dor e na luta, tanta ternura
Segue de pé


Mulher linda
Quanto encanto em seus olhos, doçura nas palavras
Sabedoria em seus ensinamentos



Essa menina foi bailarina, enfermeira, dançarina
Essa mulher é mãe, avó e está aqui pro der e vier



Vó, meu espelho, minha guia.
Não te peço muito, apenas que fique sempre perto de sua netinha!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vinicius de Morais - Mais um Adeus



Mais um adeus
Uma separação
Outra vez, solidão
Outra vez, sofrimento
Mais um adeus
Que não pode esperar









Olha, benzinho, cuidado
Com o seu resfriado
Não pegue sereno
Não tome gelado
O gim é um veneno
Cuidado, benzinho
Não beba demais
Se guarde para mim
A ausência é um sofrimento
E se tiver um momento
Me escreva um carinho
E mande o dinheiro
Pro apartamento
Porque o vencimento
Não é como eu:
Não pode esperar

O amor é uma agonia
Vem de noite, vai de dia
É uma alegria
E de repente
Uma vontade de chorar

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


Há vezes que penso tanto em você que procuro qualquer rascunho de voce em mim e minhas lembranças são pequenas pro tamanho de você dentro de mim...
A primeira vez que li esse poema meus olhos se encheram de lágrimas lembrando de você...e é extamente isso que penso todas as vezes que penso ou vejo você: "Meu Deus como você me dói de vez em quando."









"...sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meu Deus como você me doía de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu Deus como você me dói de vez em quando"
(Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Felicidade Clandestina

To fazendo um trabalho pra faculdade de análise desse conto de Clarice!
Eu o escolhi porque Clarice sempre me tira o folêgo e tem o dom de me fazer refletir a cada palavra que leio!
Esse conto é lindo e traz um tema muito bonito: A Felicidade!
Nos mostra a paixão de uma menina por um livro. E de como a atividade literária é importante na vida dessa menina que para muitos é a própria Clarice mas pode ser qualquer criança!




Felicidade clandestina Clarice Lispector

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade". Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu nao vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte"com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. As vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante. ***




quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

mais la raison n'est pas ce qui règle l'amour
(mas a razão não é a regra do amor)





Molière

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Calibre


Eu, e mais de um milhão de brasileiros, assistimos ao filme Tropa de Elite 2 este ano. Deixando de lado o fato de o filme ser um sucesso nacional e de todas as polêmicas envolvidas focamo-nos num fato importante: o filme desmascara o rótulo da Cidade Maravilhosa e nos mostra a verdade dentro das favelas do Rio de Janeiro e de todo o Brasil.

O que temos acompanhado ultimamente na televisão é uma verdadeira GUERRA que me assusta e entontece. Na verdade é assim que estão todos os brasileiros que acompanham os noticiários: ATERRORIZADOS!

No final do filme Tropa de Elite 2 a trilha destacada é de uma música dos Paralamas do Sucesso que foi gravada em 2002 e continua atualíssima, principalmente quando nos deparamos com essa realidade brasileira, que há algum tempo achávamos que só existia em filmes do teor de Tropa de Elite


O Calibre- Paralamas do Sucesso

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro
Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca pára?
A que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entrincheirado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu

E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro

sábado, 27 de novembro de 2010

porque sou professor!


Se tem algo que me deixa muito revoltada é quando alguém me pergunta sobre meu curso universitário, e ao responder que faço LETRAS, ouço sempre os mesmos questionamentos:
- Tu gosta desse curso?(= meu curso de “exatas” é muito melhor e vai me deixar rico).
Logo depois vem:
- O que faz um estudante de Letras?(= faz de conta que estuda e fica passeando o dia inteiro).
E pra terminar a derradeira pergunta:
- E tu vai ser... PROFESSORA é?(= tá FUDIDA na vida!).

Pois aí vai então a minha defesa ao curso de Letras:

Eu não gosto, eu ADORO o curso de Letras. E eu não estou me referindo (apenas) ao fato de ir à faculdade, de estudar no CAC (o centro mais legal da UFPE), das amizades que fiz lá e nem dos incríveis mestres a quem chamamos de nossos professores (e nem preciso citar nomes).

Eu acho muito digno sentar numa banca todos os dias e não simplesmente ouvir e aceitar tudo o que o professor tem a dizer, transferindo o assunto pro caderno sem nenhum raciocínio crítico do conhecimento que nos é passado, pelo contrário, somos incitados a criticar, a questionar, a propor novas idéias, a ver o mundo sob outro ângulo.E nos aprofundar em mudar os rumos da educação do país, sabendo que somos nós que vamos gerar o futuro. E aprender que a gramática é muito mais que sujeito, objeto e essas chatices que aprendemos na escola. Que a literatura tem muito a nos dizer quando mergulhamos no universo de Machado de Assis, Clarice Lispector e esses tantos outros autores que nos tiram fôlego e para alguns são apenas uma leitura “bonitinha”. Nós podemos meter nosso bedelho e afirmar que aquilo é bom, mas principalmente, porque é bom, com embasamento e teoria pra isso.

O que um estudante de Letras faz é estudar todo o universo ao nosso redor, pois nós estamos cercados de linguagem. Como metaforizou “Bagno” (ah, você não sabe quem é? Desculpa você não faz Letras) num prefácio de um livro “o homem sem linguagem é como um peixe fora d’água”, lembrando aquela canção: “como pode um peixe vivo viver fora da água fria...”.

É discutir a análise de um texto literário ou de qualquer tipo de texto, é não apenas aprender a gramática, mas teorizar, discutir a problemática e propor novas medidas na educação. Estudar a linguagem, sem simplesmente dizer se isso é certo e aquilo errado e sim como o uso se faz necessário.

É saber a diferença entre palavra e vocábulo; entre morfema, lexema e gramema; entre gramática normativa e funcionalista.
É saber perfeitamente fazer divisão silábica, contar a métrica, o ritmo e as rimas de um poema ou saber décor os versos de Os Lusíadas ou d’A Divina Comédia.

E estudar cultura, literatura, língua, linguística, latim...

E sim! Eu vou ser PROFESSORA! COM MUITO ORGULHO!
Eu vou formar os futuros engenheiros, médicos, advogados do Brasil afora. Eu vou dominar todos os dias um leão e soltar borboletas. Eu vou acreditar que meus alunos farão deste um país melhor, serão adultos conscientes e seres humanizados.
Eu vou dá o melhor de mim todos os dias, mesmo recebendo farpas e essas mesmas perguntas freqüentes, que incluem também:
Professora pra que estudar gramática? Pra que ler José de Alencar, etc.
E ter que me desdobrar até achar uma resposta satisfatória que dê a esses alunos o prazer de aprender que eu tenho ao ensinar.

...

domingo, 21 de novembro de 2010


Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone


Adriana Calcanhoto - Esquadros

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Do Amoroso Esquecimento.

Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?


(Mário Quintana)

EnCanto

Você me encanta
Quando canta



Canta



O teu canto
Pra mim



Por enquanto
Ou em qualquer canto



Me canta
O teu encanto

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quem você pensa que é?

"Quem você pensa que é?
perguntou pra mim de queixo em pé...
Sou forte,
fraca,
generosa,
egoísta,
angustiada,
perigosa,
infantil,
astuta,
aflita,
serena,
indecorosa,
inconstante,
persistente,
sensata e corajosa,
como é toda mulher,
poderia ter respondido,
mas não lhe dei essa colher.
(Martha Medeiros)


sábado, 6 de novembro de 2010

Vanessa da Mata - Bicicletas, bolos e outras alegrias


Bicicletas, bolos e outras alegrias
vêm passeando por diversos temas, recheado de boas composições e outras delícias da cantora e compositora Vanessa da Mata

No site da cantora [www.vanessadamata.com.br] você encontra todas as letras das músicas além de videos com comentários sobre o processo de composição.
O cantor Gilberto Gil assina e canta com ela a música: Quando Amanhecer, que tem uma letra muito linda e uma melodia doce e leve.

Em minha opinião as melhores faixas são: Fiu Fiu, Te Amo, Vê Se Fica Bem, O Masoquista e o Fugitivo e Bolsa de Grife; mas o cd todo é muito bom e eu fico ouvindo viciosamente sem parar!!!


Só pra lembrar: a cantora fará um show aqui no Recife no dia 19 de Novembro no teatro da Federal, que com certeza promete!


Um trechinho da faixa Fiu Fiu (que eu me identifico com a letra!)


Livre
Mas não tão leve como no passado
Não posso, mas adoro porcaria.
Adoraria ser que nem palito, mastro, cetro, poste.
Homens
Nós não nos entendemos como antes
Eles adoram mulheres air bag
E nós emagrecemos para as amigas, inimigas todas

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De luto

A sua presença me fará uma grande falta
E eu sei, que de você vou sempre lembrar

Leva um pouco da minha tristeza
Deixa uma grande saudade...

domingo, 31 de outubro de 2010

me faz bem...



A verdade é que ele me faz bem!

Não é avassalador, nem precisa ser
Não é amor, mas talvez um dia possa ser

É uma calmaria pra minha agitação diária
É o real no meu mundo de sonhos
É um samba pra minha bossa nova

Porque ele me deixa totalmente à vontade e me faz rir das coisas mais tolas, até de mim mesma.


Eu gosto...

E gosto assim!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010


Cantora, compositora e pianista russa essa jovem cantora é um bom exemplo da boa e nova música americana, isso mesmo, porque suas composições são em inglês, incluindo frases ou trechos em frances, latim e russo. Com todo o charme e talento da cantora suas canções encantam e deixam um gostinho de “quero mais”.

Eu fui apresentada à cantora através de uma amiga que é muito fã de Regina Espektor mas uma canção sua já foi tema da novela A Favorita e você com certeza já ouviu( veja a letra abaixo).

Vale a pena ouvir suas composições de tom feministas, subjetivos, algumas vezes satíricos e com alusões a literatura.

Fica como dica um trecho de sua música, provavelmente, mais famosa e minha favorita!

Fidelity

Shake it up)
I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost
In the sounds

I hear in my mind
All these voices
I hear in my mind
All these words
I hear in my mind
All this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
And it breaks my ha-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah-aart
And it breaks my ha-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah-aart

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pierrot Apaixonado.

Ela mexia comigo sempre que se mexia
Eu encontrava beleza em cada gesto seu
Havia tanta encanto em sua alegria
No balanço do corpo que eu acreditava ser meu

Mas ela era grande demais pra caber em mim
E achou conforto nos braços de um Arlequim

Sentindo um golpe de dupla traição
Lamentei ter sentido o gosto de sua boca em erupção
Ah! Meu coração de pobre Pierrot...
Te espera e te perdoa Colombina, meu amor!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010


o que eu posso falar do tão esperado show de Los Hermanos?

que foi PERFEITO! isso bastaria...


Eu tive o prazer de estar com as pessoas que adoro e ver a felicidade brilhando nos olhinhos delas era sensacional!


Quando o show começou a energia era vibrante e a cada pulo eu sentia meu sangue ferver meu corpo extasiado não conseguia acreditar que aquilo tudo estava acontecendo e eu ficava parada, perplexa, emocionada...Até o próprio Marcelo Camelo repetia incessante que aquilo era "inacreditável"... era mesmo!


O repertório foi completíssimo! Eles cantaram as melhores músicas(mais pra fã que música não é a melhor?), e na minha opinião Sentimental e O Último Romance foram o ponto alto do show. Para completar cantaram também Conversa de Botas Batidas que Camelo pediu ajuda aos fãs(precisava?) pois é uma música que eles não cantam tanto e por isso podiam esquecer a letra.


Quase no final do show, os músicos saíram do palco mas voltaram logo depois e atenderam aos gritos do fãs que berravam: Pierrot, Pierrot, Pierrot... que foi cantada com uma introdução de Vassourinhas e mais duas ou três músicas para encerrar.



Na minha opinião: Inesquecível!

um show pra ficar marcado na minha vida e de todos os fãs da banda que clamam pela retorno da banda!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

mulher de verdade!

"É melhor vc ter uma mulher engraçada do que linda,que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja,gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica , faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável,é desencanada e adora dar risada; Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada,se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade.E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira.Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade!!"



Arnaldo Jabour



terça-feira, 12 de outubro de 2010

Amigas!




Porque as amigas são tão importantes na vida de uma mulher?

Porque é pra elas que a gente liga quando levou um fora de um carinha e tá super mal.

É pra elas que contamos nossos segredos mais íntimos

São elas que, mesmo sem conhecer a tal criatura, odeiam e desejam a ele todos os males do mundo por ter nos feito sofrer.

São elas que nos dão os conselhos mais decisivos, mesmo que não sejam os mais corretos.

São elas que nos ligam pra falar de nada e rir de tudo

São elas que crescem ao nosso lado e conhecendo todas nossas qualidades e defeitos não deixam de nos amar

São elas as pessoas que a gente pensa em correr pra contar os “babados” mais recentes

É com elas que a gente embarca nas maiores aventuras sem pensar duas vezes

É com elas que a gente se sente “em casa”

É com elas que a gente passa horas contando e recontando as mesmas historias

É com elas que a gente chora quando briga com o pai ou namorado

São elas nossas mães, irmãs e filhas tudo junto e misturado


Por isso obrigada!

Obrigada a Gessika, Malu, Nathaly, Fernanda, Raphaella ,Rubenyta, Sirlene, Sthepanie, Stella, Mariana, Juliana, Camila, Jane...

Obrigada por todos os momentos que passamos juntas AMIGAS!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada. Daqui há pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue mais perto.


Caio Fernando Abreu


(conheci esse poeta por acaso e to me apaixonando mais a cada minuto...)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Leve - Chico Buarque

Não me leve a mal
Me leve à toa pela última vez
A um quiosque, ao planetário
Ao cais do porto, ao paço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense que eu cheguei de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

Não me leve a mal
Me leve apenas para andar por aí
Na lagoa, no cemitério
Na areia, no mormaço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será tudo de bom
Mas não me leve

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Maria Bethâna

Ansiosaaa pro show de Mari Bethania!
Uma das minhas músicas favoritas cantada por ela e com uma letra que diz
tudo, eu nem preciso dizer mais nada...

Negue seu amor, o seu carinho
Diga que você já me esqueceu
Pise, machucando com jeitinho
Este coração que ainda é seu

Diga que meu pranto é covardia
Mas não se esqueça
Que você foi meu um dia

Diga que já não me quer
Negue que me pertenceu
Que eu mostro a boca molhada
Ainda marcada pelo beijo seu

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Não é facil- Marisa Monte

Não é fácil
Não pensar em você

Não é fácil
É estranho
Não te contar meus planos
Não te encontrar

Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado

Na verdade eu preciso aprender
Não é fácil, não é fácil

Onde você anda
Onde está você
Toda vez que saio
Me preparo pra talvez te ver

Na verdade eu preciso esquecer
Não é fácil, não é fácil

Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado

O que eu faço
O que posso fazer?
Não é fácil
Não é fácil

Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz
Do que qualquer mortal

Na verdade não consigo esquecer
Não é fácil
É estranho



é exatamente isso...não é facil!
é querer e nao ter, é pensar e nao estar, é ficar e nao gostar.
É uma falta estranha.
Mas passa!(?)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um Novo Começo

Depois de passar um dia inteiro ruminando idéias que lhe vinha à cabeça, ela resolveu dá um basta!

Simplesmente cansou de sofrer por um amor que só lhe magoou, colocou sua roupa mais bonita, deixou os cabelos ao vento e até sorriu por um instante.
Ainda titubeando questionou se estava fechando a janela da esperança ou abrindo a porta para a felicidade. Um sentimento barroco lhe consumia a alma num misto de prazer e tormento, vomitava todo o desejo vivo nela.

Finalmente conseguiu dizer a si mesma as seguintes palavras: A-C-A-B-O-U!

E arrancou de uma vez por todas cada pequeno espinho que lhe machucava o coração, limpou as pedras que havia no seu caminho e recomeçou... Aventurando-se no inesperado, mergulhando no inimaginável na incessante busca de sua felicidade.

domingo, 12 de setembro de 2010

Ingredientes:

Uma boa quantidade de carinho
Uma dose de felicidade
Uma pitada de prazer
Amor à vontade

Modo de Preparo

Deixe de lado a arrogância e estupidez. Jogue fora os sentimentos ruins e más recordações.
Misture todos os ingredientes e me faça muito feliz!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Não tenho tempo pra mais nada, a faculdade me consome muito.

[parafraseando Clarice Lispector]

domingo, 22 de agosto de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Shoow de Los Hermanos


Histeria
Agitação
Multidão...
Não, não foi (ainda) o show de Los Hermanos no Recife, foi apenas a venda de ingressos.
Cheguei até a acreditar que nem conseguiria comprar o meu ingresso e perderia a minha única oportunidade de ver o show da minha banda favorita!

Mas tá garantido e muito bem guardado, só na espera do dia 15/10

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ilegais- Vanessa da Mata

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Olhos ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você

sábado, 7 de agosto de 2010

Bagunça

Entre armários e sapatos
Coisas espalhadas pelo chão
Roupas em cima da cama
Maquiando a sujeira da imperfeição


Uma música do Roberto
Um pouco de solidão
Dúvidas de menina
Na cabeça uma interrogação


Organizando meu quarto
Arrumando meu coração

quarta-feira, 4 de agosto de 2010




Minha vida é tão confusa quanto a América Central
Por isso não me acuse de ser irracional
[...]
Eu posso ser um Beatle, um beatnik
Ou um bitolado

sábado, 31 de julho de 2010

Orquestra Sinfônica do Recife


Encantada!

Essa palavra bastaria para descrever meu estado ao assistir o concerto da Orquestra Sinfônica do Recife, realizado nesta ultima sexta-feira(dia 30)

O evento aconteceu no teatro Santa Isabel. O local é um espetáculo à parte,principalmente para mim e minha amiga Camila que visitávamos pela primeira vez o teatro e ficamos abobalhadas ao conhecer aquele teatro tão grandioso, suas cadeiras,as arquibancadas e cada detalhe do teatro centenário.

A orquestra que está comemorando 80 anos apresentou-se com louvor arrancando vários aplausos e brados de “Bravo” do publico lotado.

Eu,leiga em relação à musica clássica, posso apenas relatar que foi um espetáculo belíssimo! Uma sincronia perfeita, uma organização impecável e melodias indescritíveis.
Simplesmente MAGNÍFICO!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Atração

No meio de um fogo cruzado,
Entre sentimentos novos e usados
Estamos eu e voce.

São dicas ou ilusões
Há hipóteses sem conclusões
É devasso,
Devastador,
Institivo,
Ameaçador

Prefiro esconder este desejo
A sustentar um sentimento.
Entre amigos e amantes
Preservo um anseio de poeta delirante.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Carencia contínua

Quero
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 15 de julho de 2010

um barzinho
um banquinho
um violão
um sorriso assustado
olhares...
algumas músicas
uma vontade imensa
um desejo incontrolável
E um ritmo que traz a certeza que nada acabou!
(08-05-2010)